29 de jun. de 2011

EMBORA



Não adianta parar por cá, por lá e calar a boca
                                          Laboriosamente de palavras
Esculpir verborragicamente
                                                   Verbos de borrar
De vez em quando ou sempre pedindo e
                                                   Um pouco mais de certo
Que de errado muitas coisas
                                                   E não dá pra contar

o corre


perca de pecar que o para-raio, rouco
groselha de pinel pra passar no sem tato pra todas
vitamina b um
bum, bum, buuuuuummm
quer dia e noite
diante o dia de aborrecer
e ocorre

28 de jun. de 2011

encontra


contra tudo
contra nada
contra sempre
contra nunca
contra

então eu peço trégua

E tó teu poema de despedida
Não falo mais
                  não mais enxergo
E nem olhos quero
                  mesmo que sejam vivos
Pra desandar
                  qualquer sentimento
E calar a plena voz
                  porque talvez tenha sido mentira
E porque não deu certo
Da minha parte continua
                  a nua lembrança
Em que despi
                  cupido
Bem cu porque não deu certo
                  mas te espero
                        um dia
Mesmo que ele seja o nunca

25 de jun. de 2011

onde
se cagam intrigas
de um salutar desjejum
aglomeram-se cheiros e cheiros
de bostas deflagradas

Perdida mulher



É lei dos animais e a espécie grata pelo paraíso proclama
Ama a natureza, põe beleza num corpo de mulher
                                               com batom na boca e tal é a emoção
Faz brilhar o mundo com sua delicadeza
E uma certa proeza que sempre nos dá
Sendo na cama, de pijama e sem o cobertor
Arrasando a noite, o dia e o inferno fruto da felicidade
Desacorçoando o tino sentido da vida, mais...
Ao mesmo tempo, fortalecendo o preto no branco das cores
Pra mergulhar mais uma vez

24 de jun. de 2011

O pecado do errado é não entender o certo do profano

O erro do erro é não entender o errado nunca mais

E o viver é morrer de novo



Complicado com as coisas



Terremoto
                   motores
Rotores terrenos
Apenas uma máquina                                            em rebeldia
                            com a fala
Que não tem pena
                   de uma conversa                                     e versos.
Por não verbos, também
E a terra há de rachar
Porque são coisas

Recado pro outro dia

Se puder 
Mande-me um recado
Escreva a melhor 
                        frase
Não me ignore
                 nem exponha a minha cara
                     como algum ineficaz
Porém rir faz parte
                dá ao diagnóstico
                     outra ênfase
E é ela que eu quero
                              buscar
Trocar aos mais 
                      perplexos olhos
Tocar com permissão
Que a gente um dia encontra
Pra pedir mais
                     do todo espetáculo 
                          que a terra 
                            pode dar

23 de jun. de 2011

Fracos porém na guerra
Simplesmente
o desejo acorda
E anda sagaz pelos escombros.
Não pede escadas
e novas moradias.
Mas vulgarmente
vive
nos paraísos
da mente.
Tentando evoluir rios de loucuras normais.
Totalmente de tais ditados
que falam, reclamam
e pisam acompanhando.
Na intenção plena
de fingir que não foge
Não quebra a cara
e não olha mais que adiante.

Pôs pimenta na poesia e não falou mais

Em todas as horas

o relógio aumenta

Os olhos esbugalham o desejo

Bebem martini, limusine

e outras mulheres mais.

E assim com a verdade Sade

quer pelas circunstâncias ou pelo veneno

Morder o acaso, mas com testemunhas presentes

E o grito, o ritual do tempo

e do elo, da bela e de agora

Manifesta-se e não resta pra ninguém

Cara é a situação ganha pão da cabeça

Que não entra e nem sai do parafuso,

mero obtuso de cor em cor

até onde a poesia chegar.

Tomando um pouco de tudo
Compila,
depila a pilha que ainda mantém
Tem também o todo como testemunha.
Mumunha que sempre escutamos com perfeitos perdões
Que virando a mesa,
a cadeira e o resto da casa
Não atrasa o que está correto.
Ou perto do longe que pode ser agora,
Sem gorar de gordo.

MAS DEU NOTA ZERO

Juro que li a essência

mais cálida

Nela, a química voraz

pra fazer perder o sono

e o eixo

Impor na escolha de quem fala

em sândalo li a primeira vez

Bem presente em zonzo modo

Pra admirar um toque e perfeitamente

o rumo

Fazer perpetuar de alguma maneira

a melhor expressão pra não chocar jamais

Expurgar do riso marcante a feliz mordida

entre dois ditos corpos

Gritar no mais profundo a fonte de vida

Nela, pro amanhã continuar

sem qualquer nada jogar fora

esperando calor e carinho

Pra sacudir as palavras
Sair de maneira
agressiva
Exibindo o momento
certo
A terna dança
pra flertar
O máximo mulheres
olhos que
esquentam
Na pele, nos poros
Pelos carnais
riscando as coisas
Pro grito esnobado
do gozo molhado
E um beijo

22 de jun. de 2011

A saída não é sair e sim se perder

Pra pensar assim!!!
E foi final de mundo
Foi tudo que eu poderia ser
Emperrou no melhor sistema
Nem deu brecha pro cosmos
Faltou cama gama e alfa
Cosmos de um porque como
Foram-se os fins
Enfim a última dedicatória
Oratória do verbo
Do vilão deste fim de século
Lógica pra entender
Entramos no caos
Por aí se falam
Mas eu queria o último beijo
Essa palavra marcante
A carne e no fim foi
Do mundo só amanhã pra contar
Se sobrou levamos pra casa
Coisa doida e eu não morrerei
O rei acabou...
O RESTO DA PANE
Sempre de algum modo falamos por partes
E aqui, todas as coisas são permitidas
Por metidas cabeças e certos aspectos
Que podem em demasiados horários
Com tons desmistificados
Pulsar nas antenas ligadas do paraíso
Não, eu escondo o resto sem barulho
Porque o outro lado eu não quero contar
Sei que o primeiro pane é na ordem
Do grito, do velho tombo e pra lá de longe

21 de jun. de 2011

!!!PuM!!!

apocalipse

apuncalipse

pum

cálice

cale

se

se um dia

se uma noite

se uma tarde

se um nunca

se um já

se um lá

sei lá

o branco

um monte de coisas
coisas do tempo
do infinito
o finito
como causa

Não faz sentido

Estrambótico

Coisa do mundo

Do modo de cada um

O pum, pra relevância suprema

Há o dilema do cheiro do quero

O olfato pra mastigar

Não vi mais a lua
E a lua sorri
pra por novos rumos
Nas rimas um abraço
prático
Com idas no sono na volta
E um grande pedaço sem saborear
à noite
Que nem diapasões concebem
Bebem um pouco dela
a todo instante
Isso, depois do pranto
um pouco de prato
E a lua desce
Sombria sóbria
bêbada como um final

19 de jun. de 2011

15 horas

e sempre vou e a volta
sempre vou e a vida
corrida pra por em sintonia
mistura fina
da fina flor
mas sem rosas

QUE DIA É HOJE?

Toda expressão
Uma lágrima em gota
Formidável rabisco de cara
Que começa a cair
Talhando o rosto
Pra doer mais perto da pele
Queimar,
coisas de inferno
astral
E não dá pra entender
Cadê o final
O zapping pra poder mudar
e vida humana

18 de jun. de 2011

E os tambores não param


Para começar

Só o pensamento diz

E não para

Vira uma válvula de rosto retilíneo

à minha frente

Na frente de todos

de cara na cara

A concentração vai pro saco

O desejo de ouvir vira recado

E de ver não vira

A questão do jogo impõe

a briga

Pra achar um jeito

Os olhos não dormem

É guerra

Bombardeando tambores ainda vivo

E o tempo esvai

Vai diminuindo no tempo

Talvez medida exata pra dar o gole certo

Na repulsa da vida

Agora ingrata

Ando pra não parar

Enquanto pensamento

E isso jorra na paixão o estímulo

Pra outro dia, tomara que pare

Tomara que não

sem brincadeira

e o meu sangue fica louco pra um dia ter
e não parar a nostalgia em palavras
do todo bem representado
a outra metade
do cada sorriso e eu querer mais
e simplesmente tocar
não ser complexo
assim enaltecer a beleza sem medo
falar linda minha mais tanto
dar ao tato o acalanto preciso
e modificar o norte
olhar nos profundos olhos rir chorar
rasgar a matéria e dar energia vital
para que o mundo não seja só brincadeira
nem caia em final banal
e nada seja assim

15 de jun. de 2011

a navalha na carne... o coração rasgado... um pedaço sem fim... o amordaçado desejo... olhares indignados e agora frios... o encanto pro pranto... a doença cruel... o rosto marcado... e o amor.

12 de jun. de 2011

Bem mais
pra encontrar bem mais que a hora
e dizer do encanto
mesmo ainda
desconexa
algumas
palavras
olhar o perfil lindo sempre
porque ele encoraja
a vontade de conhecer
e que seja várias vezes
e bem mais...
rir do inusitado sem tato agora
pra depois poder tocar
e um balde de carinho
pra nunca mais
esquecer
o beijo? oh maravilha que podemos
fazer
hoje, amanhã a todo momento bom
um brinde ao nosso próximo passo
o beijo molhado a
todo instante
do quando estivermos juntos
e pegar o desejo e jogar para um outro dia.
experimentar o fato louco da emoção.
não deixar as brasas acabarem
e nem a tortura do pecado morrer.