26 de jul. de 2011

belle époque 


Ao toque nervoso
                   de pedir mais cor,
Não trazer o azar
                            e a jarra de errados
Pra cobiçar o que eu não tenho,
Porque eu não tenho nada
sempre esperando e fugindo enquanto o mar não encontra o chão da terra, mas vai invadindo

19 de jul. de 2011

algo de alma feminina

pra agarrar a mulher delicada
pra beijar a mulher mais cálida
pra arrancar da melhor mulher límpida
pra nunca esquecer da melhor carícia
e nem ser o mesmo

18 de jul. de 2011


Blasfêmia


Tudo começa bem quando com essa cara destila
              e este é o jeito
De pedir mais boca borbulhante
E porque todas as nossas conversas
          não duram mais que dois minutos
E papo rola entre ver de viés esperando de vez
De olhar nem preocupado cupido de frente
Ainda que seja o começo meio complicado
              e abusar do desejo
Que agora é forte, quente e belo sorriso pra enfrentar
     o depois das quatro paredes que estão por aí
Pra acordar bem mais claro que o outro dia da vontade

17 de jul. de 2011

MORRI NO FIM

EU MORRI HOJE
A MULHER QUE ME QUER NÃO QUER
PRA SÓ UM DESEJO E ACABOU
ENTENDA O PRANTO
O TANTO EU NÃO QUERO QUE NINGUÉM                           SAIBA
E PRA NÃO ESQUECER EU JOGO FORA

16 de jul. de 2011

                         bem
   aflora 
flor
                      no zen
que a hora
                     presta
nem gora a festa
             e nada 
                           no vazio

12 de jul. de 2011

Estrebucho do grito feio

Para todos os grandes existe o chapado
Figura vil da loucura e sem coração
Espatifado com outro jeito
Frio no outro e mais lírico noutro
Com a visão zen e o mundo nem
Um zero amém estilo crucificado
Não entendedor do mundo oriundo
Permissível no místico e criativo no belo
Estilo sério de ser e de crer como criado
Bruto louco solto na perdida visão
Cada vez mais neo do mel como céu
O réu da pena maior
Escrachado achado da mente escondido no canto
O pranto como maior verdade do som
O ronco do barulho ouvido no escuro
Um zum sem sensação do não, um velho pão
Comida que dá vida à vida perdida
E alguns afoitos jeitos dos esquecidos

10 de jul. de 2011

o  foda é  que não sei acabar

e eu olhando pro fim
do que a gente quer
se horas foram boas
alguns outros pra continuar
sem xingamento
que às vezes não dá pra entender
eu não entendo de muita coisa
mas já fizemos história
em algum lugar dessa vida
que nos resta
e se tiver outra, a gente vai conversar
dizer do sabor
que borra na boca
de vez em quando

9 de jul. de 2011

se já estiver louco

este é o pedaço do concreto
digo em sete línguas, elas se desejam
seja por assim dizer hoje um delírio
os olhos conversam
mas diga uma coisa
pira ou não pira?
às interrogações um tributo para...
e de qual palavra falar
venha a ocasião
e falar muito se já...
não estiver rouco
e assim se constroem
vamos continuar
o ar da palavra
sem por pecado nisso tudo
continue ateia e feliz
seja sempre pro velho ver
a gente passa rápido nesta vida
que hoje... hoje...
você não veio.

8 de jul. de 2011

o homem nasceu verde e assim apodrecerá

7 de jul. de 2011

porta da mente



a escura caminhada
pro esgotado tato
da mente
as públicas ironias
debochadas em suas agonias
rebeldes num pedaço
perdidas na não-aflição
atrás da porta
            porque não tem porta





eu durmo quando
não tenho sono
escondo
no claro
o grito da boca
que não fala



4 de jul. de 2011

ao
canibalismo
etílico
um  lírico
beijo
acontece


Chegada  da  lua


Parece sexta e nem santa a noite está
Com presumíveis murmúrios
                            a madrugada anda
Coloca o sabor do lado
                            e do lado insinua
Vendo a lua pra começar
Delegando encantos
                            e novos rumores
Que bem ou mal
                            aportam dentro de alguém

2 de jul. de 2011



  o lugar mais perfeito da terra    

pra leitura ficar mais emocionante...
vamos a ela e muito mais.
querendo ou não ou sim pra dizer da verdade
escolher pra melhor colher
das ditas palavras quentes
uma bebida enlouquecida
ai da loucura toda
o onde ainda um lugar inacabado
pra poder mudar o sistema
                     e nós nos encontrarmos
sem piedade mas de um jeito bom

1 de jul. de 2011

Méleo

basta besta bosta
fluir no fluxo
pode pra ode fode
quer crer quadrado
quadro de cada mente
delicamente droga
bem foguete da inspiração
ardor boçal guarda
roupa, polpa e pedaços
polêmicos microtraços
rostos à flor da pele
pequenas pegadas
pecar pra quê
quarto terno
nossa porta por um dia
cria coisa doida
gemidos gelados de finais quentes
e pitadas de sal