29 de out. de 2011


Pra quê tomara

ainda sobrevivo.. ando... e talvez o tempo não tenha mais trégua. a régua do tempo sempre presente. tomara o delírio, tomara uma cerveja.


Bilhete da carta maldita

Nem no escuro
Quanto mais no inferno
E claro óbvio
O exato é um dito ao contrário
As normas soam do corpo
Os espirros gritam
E os vulcões
Dizem 

Mudar

Sempre a mais eloquente coisa

              do mundo acontece

A aventura amarga

              enrosca na boca

Pede um grito de liberdade

E quando explode,

              constrói outras espécies

E outros lugares

Toda vez

Esbanja meu beijo
               não dá o teu
Deixa-me a vontade
               ela passa
Mas eu não

6 de out. de 2011


Amorraios

Por gozado estilo

                            mui
                   não quieto
Dos olhos,
         sempre essa palavra
Que pra insinuar, diz o começo
Numa linguagem enviesada
                   pra não ser de cara
Atabalhoado
                   em qualquer ficar
Um instante todo proposital,
                            e você tem dono
Mil perdões, mas ninguém é de ninguém
Res nulius no latim
Lânguida
         ilusão não
Parta os pequenos
         sem grandes conflitos
E à volúpia
         álcool  de uva,
Um bom gole eficaz
                   cais rios
                            e êxtase
                                     mulher