30 de jun. de 2012


o caminho começa
nossa, mulher
deixa todo mundo doido
porém também é
às vezes machuca
sem saber por quê
o quê da questão
um tamanho de amor
um tambor que bate no peito e é bom
também de vez em quando
pra quando a gente quiser
que às vezes não quer
e agora me ignora por um copo
e eu torto do cérebro
acredito que voltará
sempre acredito nisso
e hoje você partiu
putaqueopariu!
não me ache um demente
ache-me por aí       

A definição é uma das poucas coisas que sabemos
Está tudo muito mudado
O rosto não aparece mais
O resto bem esquisito
            um séquito no momento
            e eu não sei aonde vai parar
Dar um pum e sumir
            da existência
            pôr um ponto final
            pra que as coisas andem
Sempre uma segunda até a sexta sempre pronta
            afinal de contas
            ainda somos tontos
E se acabar mal
            conserve-me
Sirva-me do bom amigo    
            e até quando...

pequeno segredo

preciso por no papel
o que a gente tá vivendo
pelo menos por um minuto desta vida
não brigue, há floresta no ar e nesta terra
e vai cada vez mais
não se preocupe
deixar vingar
ser um pouco a mais
mas, uma a mais
na hora da vida
e que seja desta vida.

30 dos seis
a gente nunca acaba
ou se acabou ontem
ainda tem coisa pra conversar
dum velho dialeto princípio da vida
e quero mais bebida melhor

Oh! véio zuza, escreve aí


zuzu bem pra corar
um colar pro resto da vida
enquanto ela durar
tem tequila te quero
outras coisas
e mais uma carta duas cartadas
de um gole só
aposto duas pingas
e o que é o qualquer
eu quero tudo de novo
mesmo sendo o dia um outro
arrebenta pro resto
sempre cobrida
a mão passou pelo corpo pelo copo
pelo torto...
e eu não tenho sábados

pra lá de horas

e por dois goles
os olhares nunca se percam
o meu  e o seu desejo
na mira ira
de nem pensar
dar um trago simples
amar palavra mais
e o agora todo
somos sim um pouco pra cada
e não acaba... não me acabe
barbárie disso tudo
e não me deixe só

20 de jun. de 2012


depois do vinho

a madrugada está feliz
a chuva dá o tom da madrugada
                           com seu choro
e hoje ela está feliz
             dizendo coisas das não coisas
               pra sempre rir depois
é um bom tempo... teve topo teve
                                                queda
                               teve a volta
e vamos ver dessa volta dessa vida
                   mais um pouco do quanto
                                                  será
prazos que não vamos dar, mas deixar
                                     que torre tudo
                      
                                                 
                                                            

19 de jun. de 2012


PRA NÃO DEMORAR... AGORA

Porque eu to tanto
      achando a melhor fotografia
A melhor palhaça
       desta vida
A alegria pra saber do picadeiro
        o brigadeiro chocolate bom
E pode ser uma loucura...
        da mais outra
            verdade da vida
E porque derrete tudo
            no querer ver
E se vai acabar
Oh! medo do coração que bebe

14 de jun. de 2012


usei as palavras para...


decantacar a poesia
encantar o frenesi que um dia teve
paramos no beijo mas
ainda a alma machucada
foi-se um trago a mais
uma pimenta
e a mente não para
pra arranjar outro coração
todo vermelho e bom
mas estamos no mundo
e eu não sei se vai ter
outro encontro
e eu tonto por ti
se já perdi
às vezes as coisas acontecem depois
incluindo cachaça se for o caso
eu caso com as palavras e com você
e agora eu não sei onde está
e o onde estou
estourou a pólvora da cabeça
e daí?...

      eu fui tomar banho...    

volto mais tarde pra última tentativa de algo tentar... uma palavra... doce verbal sem amargas brigas e muito chocolate... pra noite ficar com gosto bom e cheio de uma outra hora a gente se encontra... porque hoje... sabá maluco depois do 13 sexta... de agosto... com muito bom gosto... eu não consigo falar mais... nem pensar menos... que do outro lado da linha... alguém se foi... porque não estava perto... a distância... enigma majoritário da solidão... coisa de então e sempre... até que alguém... dê o primeiro passo pro encontro ou saia da toca... se toque pra tocar melhor e mais carinho... da noite fria que passa pelo tempo e dá o momento do que é instinto... do que é... pra madrugada existir...

4 de jun. de 2012


Pra voltar...

Tão de todo o botequim
         onde o samba do amor
         vira o velho rock‘n’roll
O horror
         e todo mundo passa
         a tudo olha sim
         sempre na mais 
         velha palavra
                   uma velha ocasião
Pra falar da volta
         uma discórdia maliciosa
         dos ouvidos
                   os murmúrios bárbaros
E foda-se o mundo eterno
         eu nunca usei terno
E se for pra morrer
         que me bastem as rosas
Pra aquecer
         todo o meu corpo
Um velho sentido
         do estúpido cupido
Pirado na essência
         Na sórdida  ilusão
         um pão acabado por enquanto
Porque pro amanhecer outra palavra
E quem diria, ser
         o mesmo de sempre