27 de jul. de 2012


CHÃO DO NOVO 


Tudo sempre aguenta e o coração bate pra continuar
                             porque tem válvula da vida
Com novas persistências sins, conotações de exemplares
                                                          pra todos os dias
E horas em que o abismo e o absurdo se permitem
Emitem o eco ego de ressonâncias
Pra esborrachar o chão
Pôr sangue nas veias, novos vermelhos
Que vão sem o atalho errado
                                  subir ao outro tempo
Rebento do vadio que as chances são fortes propostas
E quem sabe, amanhã?

26 de jul. de 2012


Dos gritos


Não é apenas uma cara
Nem todos os cantos     
              e várias ideias,
É sim, um ar doce
Ardor sem dose
Que vai por aí
Gritando com todas
                as cabeçadas

Azul bordô

Que orna um beijo de bruxa
Deixa-me na rústica situação de querer mais
E a paz vai embora
Não deixa flora pra acalmar
Nem pensa em resto,
Apenas dispersados ímpetos
Jorrando a minha vontade
Calando quando encontro
O que está demorando,
Pelo menos de mesmos bons tons
Que se arranhar, fere
E aí, é diferente
Referente a qualquer coisa

As coisas são feitas de olhos

Beijei tombos e cachaças

Em rebeldia que já foram longe demais

Agora, o mundo é outro

Ainda pouco, mas com novos propósitos

Perplexos de mesmos locais

Sem pilha. É o que me resta dizer

Bem ao momento de belas explosões

Que estourando miolos de quem não enxerga

                             sempre tem por onde olhar

24 de jul. de 2012


Estamos em contagem



houve o tempo da demora
             da espera da hora
      e a hora passando
eu olhando cada ponteiro cair...
e tentando fazer com que
             fique no relógio
           e ele vai passando.

Festa dos olhos

não aguentei a festa de teus olhos
              e brilhos bálsamos
Nem lágrimas, mas risos cheios
                      de água clara
                     e um gosto perfeito
Em chocar arte com chocolate doce
                     de corar a boca
E eu, por querer bom beijo, bombom
                             melhor
Encantei-me pra conhecer dos olhos

23 de jul. de 2012


Expurgo da terra que não acaba em qualquer coisa


Sem lugar pra ser depois e o encanto
                           também  é uma voz
Das cores restos de brilho lento e o machucar do vento
Nós e as florestas fortes buscando o lamento
                                                        de parecer
Pro encanto de novo na vida não perdida, mas já de tempo
E aí, escrevo alguma coisa pra parecer realidade
                                                                de novo
Sim, e as coisas estão perto e é só tocar o tempo
Que nas modernidades, nem  banalidades e banal
Tal de pirar em topos e pés, florestas
                                     flores e festas
Está tudo no mesmo vento porque não vai machucar
De cachos, um pedaço de pé e um pouco de paciência
Da ciência de saber que aqui não tem fim

DO BOM COMEÇO

TEM O TEMPO PRA DISCUTIR
                          A GENTE
TEM A GENTE COM TODO CARINHO
                DAS PALAVRAS
O BEIJO SEMPRE BEM DADO
JUNTO COM O OLHAR
QUE DIZEM MUITO
FALAM DA ALEGRIA, DA VERDADE
                             DA CARA
DA HORA SEMPRE BEM-VINDA
LINDA PRA GENTE
                      CONTINUAR
TEM O MELHOR BEIJO DO MUNDO

20 de jul. de 2012


Pediu que passasse só um pouco por não estar na órbita exata


Para muitas coisas
               uma chapada
                    emocional faz bem
Para impor o modelo e elo
               que há de ser cada um cada
Bem meio jeito acaba
                sem ter o que falar
Assim melhor porque não choca
Nem parafuso nem uso
                da palavra pra debater
E o final qualquer dia

19 de jul. de 2012


Toda agonia

Pra que toda agonia
Se ela não acaba
Fazemos melhorar
Assim eu fico louco
Um pouco de tudo
Pra que toda agonia

Sandalhas que param

Quero seivar teu corpo
           de algo vinho Baco
Na questão mais simples
           e jeito qualquer
De qualquer modo
  uma verdade
           sempre mentira
Pra não ser concreto perigoso
Mais amanhã e depois
           pra ibope
Que o tempo tem
           não de uma vez
               com goles
E baixo todo quieto
           umas duzentas
Sem pensar se acaba
           resto quadrado
Com vermelho e o azul, verde ou preto

18 de jul. de 2012


"os vermelhos sentidos da boca"

os lábios
todos eles doces
alguns segredos
            pra contar
rir enquanto parte da boca
            toda ela com vontade
suspirar o encanto
            do beijo
e descobrir o quanto pode durar
dizer-se sensível
              do imaginário
nu dos lábios lindos
em que da mordida
            o carinho tenro
pra perder a razão
            o tato e falar mais alto
a emoção do perplexo momento
arranhar pra não ficar em vão
e a volúpia pirar
            os olhos da carne
enfim amar e com tesão
oh! pra ser maluco
            e os lábios sempre
               os melhores beijos
                      do mundo
e os lábios vivam

17 de jul. de 2012


Aqui perto da montanha

Toda condição sine qua non de mudança
Nonsense também em etapas de personagens
Aos trajes um abraço profissão
Que algum dia meio-dia pras tantas
Muita coisa boa e conversar
Relâmpago engraçado raio
                            que a pele libera
Na era agora sem choro
                            nem palmas
Mais pra frente um corredor reto correto
Vendo o tombo passar e não pegar nem em mim
Nem os jasmins que me circundam
                            porque o fruto há...
A cabeça sem alfinete
                e o pensamento moderno
Modestos restos melhores
poaca né!

                        nossa torta
                        possa a rosa
                        o céu da terra
                        a lua outra
                        crua, afoita
                        a noite nesta  
                        nessa noite   

16 de jul. de 2012


Lógica do Fogo

Do fogo de um rosto bonito...
De um lindo olhar...
De um carinho benigno...
Do beijo maduro...
E do sorriso mais terno do mundo...

14 de jul. de 2012


prato feito

Perto do um dá dois
       perto da vida da mais
A matemática não funciona
Põe à tona os prejuízos
Os artefatos
           e as glórias
                    que eu comi


         Todas as cores

Pra aguentar toda estrutura,
Ruptura do sabor,
         temos que viver de mel.
Onde a rainha
         da colméia...
Fascina todas as vítimas,
Todas as críticas,
Todas as velhacarias
E todas às vezes.

Poês

Arrebentar o paraíso pra por defeito no gesto que é feito
Não medir o gelo iceberg com que fazemos o jogo
No gamão em torno da mesa de café
Instantes de ateu desejo açúcar
Pra sempre definido fim guloseima queima
Porque o rumo é outro e não deixa rastros de incomodar
E se isso acontecer, um pequeno lugar em cérebros ferventes
No mesmo sabor que foi e está vermelho vendo melhor
Embora embassado campo minado de outras fortes saídas
Sais e banhos pra esquecer as aquarelas de todos os dias

13 de jul. de 2012

no pontapé
todas às vezes o começo é difícil
porque traduz à realidade uma nova visão
da catástrofe
uma certa coisa não improvisada
que um dia se faz surgir
gerar através de ideias, semelhanças
por em lembranças os chavões
e suas compreensíveis igualdades
para não andar no escorregadio
verso dos oprimidos



foi fundo


pra gente saber mais um do outro
querer mais um do pouco 
esperar o muito 
fazer dele uma coisa linda
numa noite numa tarde
pra arder com vontade
de querer estar...
pra ter amor também...

CANIBAIS EM GUERRA



a carne é um instrumento
a verdade de possuir 
                 o toque, é o momento 
                         da carne.
o prazer em ver a carne
é como parte da vida,
um modo de entender
                 o que a vida é...

11 de jul. de 2012


                               Escondidos Lugarejos


A rua está sozinha
        porque não tem ninguém
As putas da noite estão perdidas
      em suas passeatas lucrativas
Desejos tão somente em vão e que,
                      de vez em quando,
                     só proporcionam gritos
A rua cheia de mendigos, maltrapilhos
                     empilhados em esquinas                                  
       está sozinha, à espera de um outro lugar

                       Não?


Porque assim eu fico louco
A água de beber 
Eu quero um pouco
As arranhas dessa mulher
No esculpido
             cupido
O coração do não
Está sempre assim
Perdido, pedindo
O beijo da madrugada
Por ser opaco
Que não dá pra enxergar

9 de jul. de 2012

acabados acabamos


nem sempre acabamos
onde queremos
e nunca 
queremos o já acabado

7 de jul. de 2012


despedida do amor bandido

são coisas que o coração 
        aos poucos irá se desligar... 
nossas conversas nem fruto fizeram, 
                   apesar de linda...
mas não ligue não... 
o beijo de saliva brava pra paixão
         pode um dia existir; eu deixo
e se achar uma hora pra fugir eu fujo
do encanto sempre eu vou contar
          dizer do rosto os olhos lindos
o sorriso terno e instigante
               de uma linda sereia
uma mulher marcante... foi... 
         pode ser que um dia será...