31 de jan. de 2014

brujeria do encanto


e foi dado o beijo
        de partida
do agora o tempo faço eu
   do como andar pra aonde
do meu amor...  muito
    e tem de vir
jorrar dos sorrisos
compreender dos nexos
                  dos loucos
das melhores brigas de amores
      e um desejo do beijo
                   pra acabar
a roupa... pouca, e a gente todo.

29 de jan. de 2014

cura da ilusão do tempo


usando a parte mais sensível do corpo
sentimos a cabeça como primeiro sintoma
e buscamos nas palavras o melhor obstáculo
                                      para poder calar
dizemos tudo em todas as linhas
porque somos rápidos no que queremos, mas lerdos
                           para aonde vamos
e um dia talvez já à noite e 
                                com a lua minguante
acharemos a cura da outra ilusão de viver
na entrada de um tempo feliz
brincando ainda em ser criança
postular na infância 
                   o resgate do velho
achando o novo como outra meta
e aí, não ser escapista
mas escalar a montanha 
                               por um linha só

28 de jan. de 2014

pra eternidade não mais me esquecer


cheio de angústia
                  maluca
e doentio do tempo
uma conversa através do além
               escrevo  não sei de quem
                 mas também 
                                  meu
às vezes bem solitário
             tipo otário
                 pra não ficar 
                      com ninguém
e depois dizer que mundo
                 criado mudo palavra
e a vida

25 de jan. de 2014

NEM VIAGEM

aos grandes gritos,  a mente invade

rasga a vez e arde
                quando todos 
           os começos constroem
é assim, de partes e ouvidos
                   que estremecem
            a estrutura pelo menos própria
nem ótica e nem perdão 
                            imperam
mas temos escolhas   
                        ou caras
e partimos de vez em quando

22 de jan. de 2014

por poeta na pimenta


deixa-me pegar um trapo de papel
                 por rabiscos em forma, ornar
ganhar o grito transfigurado em figuras
                   de ruas e puras situações
mexendo  com o lado tratado de qualquer dossiê
            em que razões não se discutem
mas elas de vez em quando 
                      valem, mesmo que seja num papel

21 de jan. de 2014

a boca é um simples pedaço


e a essência na boca desta mulher
que não me consome, porém me destrói
quando olho nos olhos cheios de mel
cruel é o que ela me faz
não traz o tempo e nem a hora
de acariciar o batom forte do 
                          mesmo instante
do belo jeito que na minha 
                            frente desfila
destila a alma ainda pregada no chão
o não como resposta casta
é dúvida, uma vida 
                     e não tem volta

20 de jan. de 2014

ESSES NOVOS


e que é
não sei se tão
se é que faz
algum, assim
tipo irônico
atoa, meu
veste a roupa
e sai, seu

19 de jan. de 2014

Toques



do sonho que resta
resta a vontade de viver
na sintonia desvairada
onde pode-se fazer o tudo
pegando como testemunha
o nada
a loucura da vida
o amor é um orgasmo
em expansão
o tesão não reprime o ser,
desinibe os toques
e toca no corpo
a pele arrepia
e nós piamos no gozo
proclamamos a sensualidade
como o argumento final e,
a boca grita
os sutis gemidos
libidos acabadas
e, nós, sempre...
queremos mais
escrevendo cartas
e recibos de um dia


em certo dom escrever
                              a alma
pra calma questão
por com tato mais um pranto
                   sem prato
de olhar a cor melhor
                 esperando
que o desejo se multiplique
           pra poder conversar
um meigo jeito chegando
                   em corpos
em vivos de outra vez, que assim não dá
é melhor mais um tempo sem fundo
               de visão causa nobre
                   e um tanto simpática
prática dedução de um dia e horário
                      marcado sem
                                       tabuadas
e só contar até o tempo
                sem tempos esquisitos

Psico


minha cara
a cara caída
o pedaço sem cor
amor sem educação
várias intrigas
sou não 
em vários
sins
Montanha


e bebeu-se
todas as pilhas
das caixas
uma, das loucas
outras
não quis nem saber
o copo, os topos
das raízes
o ar
eu


fudido e pronto
na porralouquice do dia
sem naturais falas
mentes com mentes
nós, o demente eu
profano
cheio de sagrado
aqui não mais que aqui
parado calado
por me entender
sempre


sempre o nunca é tão nunca
quando o nunca é sempre
e o alheio está junto
do ponto alheio
efêmero eterno
para sempre agora amanhã
ontem já...
foda-se


todos os por quês
    questões tostões e horas
porra, um questionamento 
               atrás do outro
pensamento vazado
        de penetrado movimento
de assim pra lá
             e vamos embora

18 de jan. de 2014

sem palavras

e se não tenho nada 
              a declarar
hoje foi o escapismo
ontem o finito
e agora o 
        pra sempre
dias melhores

pra escrever algo ruim
temos que tomar um gim
dar um jeito 
         pra palavra falar
que outro dia melhor
                      que o outro
senão tão pouco
pra prosperar
             a cada outra gota
a mesma palavra um ruído
perdeu-se a ideia
morreu a vida
berro frio


todos os bobos
estão por aí,
uns aqui
os restos dos alvos
uns aqui gritos gelados
o berro mais frio arde

17 de jan. de 2014

luta de ladrão


fui um tremendo comparsa
toda farsa que pôde existir
uma conversa sem cabeça
os átomos que não param
dois êxtases pra cada lado
toda aurora que possa acontecer
a simples coisa da união
             e todos nós morremos
mais cedo que o por do sol
                    ou mais tarde
livre é a escolha que proclamamos
mas não custa tentar
malena


toda cor pra olhar no céu
um  telefone e número tal
só murmúrios da voz
                 nenhum olhar
nem pétala como cheiro
talvez medo e inquietação
           de um destaque negativo
então, preferimos o brilho da voz
pra num exato tempo o tato
uma coisa com mais vida 
          e menos nervosa
gole da alma


pra um tempo ser feliz
agora nova raiz
pra dilacerar
   que no dia 
         uma coisa sórdida
mas pra pensar
e que não morra velho
tomemos um gole de vida
    e um gole de alma

peidorreiro


quando assim acabar
o estômago funcionar
um peido estourar
viva o pum
tão do tal do tudo

pra misturar
      a essência
que a cada dia brota
os novatos urros da civilização
são sempre o começo
mera estética que queremos andar
um gole da fonte boa
pra que o resto do passado
um a menos que as outras datas
e quando o todo que não frago passar
           um pouco de luz
             pra iluminar
dar gozo e outras 
                 sensações
emanar o cheiro do tempo
         que ele melhora
assim vai
e assim o velho também
                     volta
pra dar norte
           no ego
            no pelo
coisa tal e tão brutal
pro beijo ser tudo
Poema do beijo


pra maldita carne dar 
             o seu encanto
pra bendita palavra 
             expurgar o veneno
ligar a tão famosa
            metamorfose 
e dar um beijo
e que isso seja supremo
nos nossos pares
         uma gota de saliva
pra encaminhar 
         maior desejo

poema de fim de tarde


assim que eu fui no fim
foi também algo estranho
pra nunca mais dizer o começo
assim que eu fui
e todas às vezes que cheguei
não encontrei ninguém
porque o final é longo
e o caminho de volta é curto
todas às vezes que fui
            já cheguei no começo
Andanças


aqui o mundo anda parado
ali o mundo anda
                  esquisito
aqui o mundo anda
                  e transborda
ali o mundo vai
                e anda pro fim
cores

preguiça e malícia de um mesmo tom
que o velho dom tem pra expressar
impor o resto como fim das coisas
e depor pra se justificar
não é assim que o pulo estremece,
é preciso haver sintonia no dia a dia
esperando a sinfonia do sacrilégio
sem confusão, padrão e mesquinhice
onde os iguais disfarçados tenham
                              cabeças diferentes
para daí, em qualquer lugar conseguir
                               as cores existentes
de trabalhos referentes aos obstáculos
pintando cada um com a cor do significado
que ainda hão de ter, porque isso
cada um vai mesmo contar um outro dia
primeiro retrato de espera


perplexo momento todos
                              quietos
imparcialmente toda alma
                  relação ração terra
                 que serve ao mundo
                         e não quer perder
pra porcos cósmicos cômicos
                      de mais ou menos
                            um sabor, e...
                                 duelos
nos servem à vida em um milésimo
                            que acaba

16 de jan. de 2014

cálidas de agora


se o espaço
onde surgem
coisas e coisas
cálidas de agora
as vestes olham
um beijo nu
belo louco
de suas iras
as miras lindas
de todo mundo
jeito agora
olha

PARAFUSO

to lendo isso aí
ouvindo de orelhas
cada vez mais
e o tempo passa 
pra sabedoria cuspir
se é que pira
põe o sapato
e anda pra qualquer lado
início do fim

ao estrago
       um trago
eu trago
     um pouco de gole
pra experimentar
      mais uma chance
viver um bocado de tempo
do tempo que resta
           se ainda vivo

15 de jan. de 2014

jorrar da boca


como pode matar
esse amor que deixou
eu louco
e perplexo
como pode estrangular
de tanta gula
os olhos choram
e sabendo
do errado
ninguém deu certo
ele morreu
com tanta vontade
atalhos de terrorismos


assim eu vou
pra lá da conta em gotas
melhorando o fim
pra ter novos começos
sem atrapalhar o certo
que um dia esvai
no mundo


quando o mundo 
                    chegar
eu estarei aqui
quando o resto acabar
eu estarei lá
quando tudo acabar
eu não estarei

tava no papel



uma verdade bem aplicada põe em risco a mentira do dia
a mentira no lugar da verdade
põe em risco o mundo

14 de jan. de 2014

olhar de algum lugar


e como a solidão corrói
põe em célebres palavras
           o cotidiano da palavra
da fala alguma coisa
            a gente cresce
          põe prece
           voz do além
além da conta
          e se a gente prosseguiu
tudo basta da mais casta pessoa
um tom fala
           agora ou outra hora
mais toca o coração
             o sermão do lugar
se não nos encontrarmos
               um trago
que o mundo é mais 
                  vermute
quitutes da feira
                    e do olhar

            Aí


aí, perdemos a arte e as cores
gritamos azuis e ares de diferentes coisas
andamos nas paredes dos astrais
entre raízes e vozes
comentando o borrado verso dos sem motores
PONTEIROS DO OUTRO DIA


há na condição de réu acoado
uma força pra agradar
um outro elixir
esbugalhando os sentidos
               e gargalhadas de vento
quebrando os frios
sempre pensando em linhas 
uma curva qualquer

13 de jan. de 2014



Expurgo do coração brigado


trago a vontade de saber quem eu quero

querendo cada olhar mulher descompromissado

comprometido no meu desejo

e se isso é nada, quero mais olhar

porque o resto também é reflexo

do que é pra dizer

e qual é o mergulho

do orgulho bom pra se comer

por em riscos coisas e nossas mentes

outras pra funcionar

eu quero um melhor momento

lento, talvez

de vez em quando certo
Pirata



vamos sangrar
singrar dos mares
quem sabe uma nova 
          tempestade
            em alto mar
e de amor...
e o mundo anda na frente


e pra se ouvir muitas falas, grandes músicas e grandes apitos
o que realmente importa é ter um péssimo ouvido, não ser vinagre
mas embriagado na alma
adorar os hinos e as líricas sinfonias, jorrar da boca o som com baba
ser alto e baixo ao mesmo tempo e no mais um cético vislumbrado
pelo canto, seja ele de pássaro, do prato e da fome
estar vivo, porém dopado ou aporrinhado numa gaiola de tons, 
bombons e terra
esquecer das guerras, dos leões, das cozinhas, das viuvinhas e dos baratos
falar de mulheres, esquecer da mundanas e parar de escorregar em sarjetas
de vez em quando por filipetas
e não deixar cair mais um por do sol
Pré

eu sempre
prego algo
     forte
      no mundo
das palavras
        e que seja
      pra arrebentar
o coração do tempo
novos rumos da terra


assim perplexo
           o tom muda
todo mundo mudo
e um desabafo
todo traste traço
          pra debater
salve o fim
    que já é um começo
prece pra expressar


nem representar
          qualquer espécie
que expresse o errado da questão
porque ateu imperativo
                 no jeito
também testemunhando 
                outros fatores
com  a ideia de não herege,
toda cabeça
               é uma incógnita
com a vida andando

Fim de mundo

como será que vou ser
           quando a velhice chegar
e as pernas rangerem
talvez a pior etapa da vida 
                         dos vivos
            sugados pelo tempo
que não sabem para aonde ir e fecundam por aí, 
a imortalidade da alma
como forma de não morrerem
é perpetuar a espécie

rápido pensar


abusar da astúcia
         da tossida 
      de uma boca
expurgar o elemento
o excremento 
          um lambuzar
             de palavras
pra poder ser fiel
              no que pensa
assim é à beça um monte 
                 de dias
cada um a seu tempo
                           ponteiro do outro dia


Há na condição de réu
                acoado
uma força pra agradar
     um outro elixir
esbugalhando os sentidos
      e gargalhadas 
            de vento
               quebrando os frios
Sempre pensando 
                      em linhas
         uma curva qualquer
esquecer pra ponto final


a questão do acaso
            sempre depois de consumado
bem delito escrito pra contar
                     que não deu certo
de verdade verde da não interpretação
                       exata em movimentos
                     de ponto final
ousando em olhar pra dizer não
              foi o que marcou de agora
sem nova definição  
                   do querer
e buscar rumos e esquecer
               pra melhores pedaços

12 de jan. de 2014

QUEBROU A CACHAÇA FUDEU O MUNDO



HOJE EU QUERO TOMAR 
              UM PORRE 
                            DE ÉBRIO
SUGAR DA LOUCURA 
                             O AMOR
QUE JOGA FORA 
                          E MANDA,
                       VOLTA
HOJE EU NÃO VOLTO

9 de jan. de 2014

pedaço da despedida


agora farei poemas belos
                  sofrerei do amor
               e não terei onde apoiar
agora minhas palavras não valem nada
                     mesmo sendo muito
os gritos de fúria pra continuar
                         a alegria de estar
              foram embora e deixaram 
                                    das marcas
                      e um maior amor
dos chorares pra tentar
                continuar e não dar fim
           essa lógica com todo nexo e carinho
que eu me perdi em não querer acreditar
do ditado das coisas, do beijo
                                e felizes
a sangria do corpo fazendo pulsar
                      uma gota de vermelho lindo
                    com toda energia exótica 
                      caótica e minha 
                            vai doer e não sei 
               deste quando um fim