16 de set. de 2010

OS PICTÓRICOS

As cores são óperas de um nada nada que se fala
O pictórico manchou-se nas telas
O painel mais próximo é opaco e feio
Os vermelhos saíram de férias
Os azuis não voltaram
Deu pane na guilhotina e as cabeças não rolaram
O meu mundo é oprimido e os outros, qual foço eles entraram?
Em algum buraco em ruínas perdidas do tempo secreto
E só neles alguns respiram
Os velhos mais loucos da terra, com sérias caretas
Prisioneiros de coisas passadas
Escritos dos velhos manuscritos amassados
Borrados no pó da mesa quebrada
Neles, seus berros esperneiam destroçando muralhas
Com galante sacanagem, iguais aos bichos do mato
Tarados hipocondríacos
Vestindo as cores vazias, mas cheias de verdade

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