Ainda somos    
      palavras

E se a loucura
   é uma fotografia
      imagine
              em corpo
              e copo
Duas figuras e
    muita aventura
Neste mundo
              de palco
Aos poucos vamos
      dando graça
Pra aprender
        da nostalgia
          a magia
     do espaço
         onde vivemos
E todas
    as gotas cálidas
      do sempre
          cair da noite
         e esquentar
Do tão pequeno
       mundo
          que somos
A fantasia sem tirar
      a roupa
      esta doce
          tempestade
        de palavras
Todas de afeto
        pro feito
         jeito de ser
Um feitiço     
      pra lá de bom
   um embebedar-se
               de lua
Pra tudo aparecer
            do expor
Por pétalas
    e tão doce
              carinho

Essa toda
    loucura do amor

E ainda bebo
    cachaça
     pra te esquecer
Aquecendo meu
                  coração
    na proposta
   maluca do gostar
           simplesmente
E verdadeiro     
    interesseiro dum   
        querer e tanto
E nada
        de tragédia
E do dia fazer brotar
      a noite
          e assim vai...
Envenenando
                o clima
    que do imã
     para acontecer...
E se a
    cachaça parar
Pra sorver do amor
       e aquele
    tiquinho do gostar
E isso, pelo menos
          já temos
       pra continuar

Imagine o beijo
        em dez poemas

E será de um
     encanto profético
         todo ético
    na maneira de ser
Pra enaltecer
        toda beleza
    de um pranto
    do feliz o dia
     pra qualquer       
     hora do mundo
Sempre esperando
     a melhor hora
          pra tudo tocar
Concepções e
     desejos
       que do estar
      a gente possa
           escolher
Mas só vivendo
     pra saber
    dos dez poemas

Oh! Doideira

Aqui estamos
    a fazer estilos
Tijolos do aprender
     doar do algo
    que vem do porvir
Um reflexo do viver
O gamar
          uma chama
        clamar enfim
Sem ter o fim
    e com os fogos
                 fictícios
   dos artifícios
      da mágica 
           da floresta
E sempre estar
    pra pensar em ti

Todo esse modelo
        em mente

E ela não para
         de funcionar
Vira um desejo
           eletrizante
A adrenalina      
              estimula
Põe veneno
            na arte
   sempre presente
Um presente bom
          de se ganhar
Um beijo ótimo
            de se viver
Oh! Doce é o tempo
            disso tudo
E eu não paro
                de brigar
E como arma,
    usar o coração...

Depois disso

Estamos no tempo
Um algum modelo
   elo do bom sabor
        eu olhar
Somos poucos
   e as gotas
    que um dia
          pingaram
      sempre doce...
Do isso bom e feliz
   e todos
    os rabiscos 
       do mundo
É forte o que vem
     sublime no olhar
E se falaremos      
                   disso
               o desejo
         pra depois

Brilho da luz

É do sorriso que brota

                a  vontade de um beijo

                                        feliz

Impõe do brilho da alma

                todo reluzente

                pra deixar apaixonado

O perfume transborda

                transcende a alegria

                pro jeito maluco de ser

O corpo nos seus mínimos

                   detalhes

              endoidece o olhar

Tem da rainha o mel

                mais puro desejo

                o empolgar

                e das gargalhadas

                o elixir que penetra

Inquieta-me ao estar do lado

                deixando como marca

                o fogo os lábios

Pra arrancar desse baton
 

E por aí o mundo morre

As marcas do chapéu

No chapéu como neo

O coronel dos coronéis dirigindo

O planeta

Os doentes de tuberculose

Parados na esquistossomose

Algumas lindas mulheres

Ninfas do paraíso

Nas porradas comendo solto

Os embrulhos de estômago

Arrotos após o almoço

A dicotomia da vida

E tenro cotidiano

Um pano de fundo

Verdades inteligentes

Aos entes de um local

Nos banais, anais da terra

O grito estremece

E as novas preces

Esses totais

Amantes da terra

Dormem enquanto ela ...

Morre

A parede dos mundos

Perdão à paixão que se esvazia

O poço não transborda quando se olha

E os gritos somem no eco do mundo

A sensibilidade é um toque concreto

Com mil verdades ainda que de pedra

Esta é a vida...

Um existir de ideias

Que estão por aí

Para não dizer

Para não dizer

   que o belo morreu

Eu ainda guardo

   em algum canto

   o encanto sagrado

De bom grado até

   ser pedaço exposto

A todas as impessões

   que a gente quer

E aguentar mais e mais

   em razão do tempo

Navegar

ah! então nos achamos

           internacional

       e tal e falamos

                 a mesma língua

                pra adoçar do tempo

da alegria da volta

         um sorriso

              alguns brindes

          e o gostar desse encontro

faremos cena   

           riremos do ar

e algo pra dar o tom

             doce... e tão simples pra ser

                   e falar da vida

O tempo da masmorra

Eu tenho medo que você

                me negue

             um prato de comida

e toda  verdade

    de um melhor

      saber de detestar

que isso

           um perder e tanto

cruel é a verdade

     que está

toda machucada

   mas verdade

Cheio de cor

e vermelhos tenazes e fortes... os corações batendo num pulsar sem limites a  ponto de explodir a ternura, a sensatez e o tempo. toda válvula pra exalar o grande perfume que é o gostar e isso pelos dias vamos engolindo vida...

Enquanto isso...

É... E enquanto isso a gente proseia. 
Falamos da molhada chuva, a lua que não está e vamos... 
Rabiscando nossas alegrias. Esse nosso envolver.

Na terra temos corpos e vontades

E tanta coisa pra falar

          dum corpo nu

     pra se tocar, tirar de algum lugar

   um respirar de luz

Um beijo mordendo suavemente

                        a carne

                que seduz dos olhos

                               e o querer

Gemer pra ouvir dos uis e uals

               com o tesão batendo na porta

Pra expor tão

      coração também

As flores nos dão algo melhor

Porque pensar

           e o vento pra falar algo

Teu suspiro

                 em luz

E nas labaredas

                   algumas tochas

                pra incendiar do vento

Parte do tempo

Um pedaço do espaço

     que nos caminhos se brota

                              uma flor