Poesia do palco
Na
solidão da poesia
alguma coisa presta
Engomada
como roupa pra festa de corpos
Onde
o baile é todo dia
em cada olhar
E o
salão, o palco
onde as horas desfilam
Relógio
visual, mal ou bem
registrando rabiscos com gritos
E fechando
a cortina com espelhos
olhando a plateia
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