14 de abr. de 2013

pra que sorrir depois eu conto


quero merecer assim
tua carne
selvagem
teu grito extravagante
temer tua fúria
e andar com ela
pra poder ligar
nos azuis nos vermelhos
algum elo
arrancar da boca
um sorriso maroto
fazer um maremoto
que a gente não sabe
pra aonde ir
mas quer ficar nele
como o veneno da vida
da história
deixar a escória
de palavras escritas
e ir por tato
todo delicado
cálido como uma taça de vinho firme
e roubar teu sorriso

Nenhum comentário:

Postar um comentário